Me perdoem os médicos, mas:
- Ante a decisão da política adotada pelos órgãos reguladores da formação de profissionais da saúde que decidem controlar a demanda do mercado a fim de manter a supervalorização do médico em função da procura absurda em torno dos poucos existentes;
- Face a carência destes poucos médicos que dedicam parte do tempo em deslocamento de uma instituição para outra, de um hospital para outro, de um município para outro e muitas vezes de uma função para outra quando ocupam cargos políticos, comprometem a maior parte do tempo que seria dedicado aos atendimentos de suas funções e amenização da necessidade pública que em sua maioria é de urgência. Urgência esta porque todo cidadão sensato iria em um hospital como ultimo recurso tendo em vista o poder de contaminação dos ambientes disponíveis independente da natureza jurídica privado, arrendado, ou de domínio público;
Observamos que a população poderia interferir um pouco, evitando diminuir a ausência destes profissionais que são insuficientes e sobrecarregados quando não em suas atribuições mas em função destas em suas viagens cansativas para locomoção entre municípios e quando chegam precisam de repouso para descanso, ...
Funções que tratam de situações extremas e delicadas quanto à responsabilidade que, em tese, deveriam ter e que, reciprocamente, deveria ser reconhecidos pelos casos de negligências pela população.
Somos vitimados de todas as formas e pagamos na pele, ou seja, com a saúde, pelos atos de ignorância da população que corrobora com as manobras de classes privilegiadas.
Sei da existência de profissionais competentes, responsáveis e acima de tudo humanos. Profissionais que reconhecem a sua importância e necessidade da população e que por isso jamais comprometeriam seus poucos instantes de dedicação de suas conhecimentos e habilidades prestando-se a outras funções que não as de suas competências profissionais.
Uma pesquisa realizada pelo fantástico mostrou a alarmante razão entre o numero de médicos e a população, com potencialização da razão no norte e nordeste com poucos médicos disponíveis e onde os poucos que existem estão comprometidos com cargos legislativos ou executivos públicos. Situações que exigem ações paleativas como a contratação de mão de obra do mercado externo por inexistência de mão de obra, embora coexistam os registros funcionais, mas sem atuação profissional efetiva.
Precisamos de serviços públicos de saúde de qualidade e que justifiquem a nossa enorme carga tributária. Nossa cidade precisa de investimentos nesta área, para atender a demanda que não é formada exclusivamente de moradores de Santa Inês. Precisamos de serviços públicos, hospitais públicos para nossa necessidade que envolve os municípios vizinhos. Desde já, ou melhor, já é tarde o funcionamento de hospitais públicos estaduais e municipais onde a rede privada está superlotada com serviços de péssima qualidade, mas que não nos deixam outra alternativa.
Em períodos de eleição, que candidato se envolveria em se dedicar a esta prioridade? Quem se propunha a investir em hospitais públicos de fato? Ponho ênfase nisto por nossa necessidade que é ludibriada pelos altos investimentos no arrendamento do setor privado e único.
Estamos diante de um instante de decisão que nos compromete por muitos anos, período suficiente para vários casos de fatalidades como consequências das decisões precipitadas e irresponsáveis que buscam apenas privilégios egoístas imediatistas.
Infelizmente, quando estamos esbanjando saúde, raramente paramos para pensar em nossas possíveis necessidades e muitos só as identificam quando estão contratando serviços funerários para si ou para algum ente querido.
Investimentos em hospitais públicos de qualidade já, antes dos próximos casos de negligência pública, por falta de médicos, falta de serviços públicos, por falta de medicamentos, ...
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