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Há muito tempo percebo os abusos e as manobras do poder que renovam leis alterando a redação e assim favorecer a quem de fato pretendem. Usam de argumentações convincentes e persuasivas momentaneamente a fim de não não provocar resistências por parte dos afetados, mas que evoluem obedecendo às conveniências, ou seja, aguardam a apropriação evolutiva e a acomodação dos ânimos.
De acordo com registros da história da humanidade os relatos sobre o período da escravidão e as exigências dos novos domínios, particularmente as influências do poder da Inglaterra na época, cobravam consumo de suas invenções fabris e consequentemente a adequação aos novos modelos sociais pertinentes. Com base em argumentos delicadamente favoráveis aos princípios da valorização da dignidade humana conseguiram o apoio inevitável de todas as classes trocando as terminologias e as relações por novos elementos que os representam em diferentes cenários, evito dizer contextos mais evoluídos.
Em outros momentos de demonstração de desconforto de parte significativa da população, percebemos as exigências de novas atitudes frente aos abusos dos coronéis da época que impunham o "voto de cabresto" estendendo os votos à outras classes, sejam de faixas etárias diferentes, novos gêneros, analfabetos, etc. Percebemos que a exclusão de alguns públicos apenas atua como aparente valorização dos "favorecidos", ou seja, um analfabeto se sente valorizado em poder participar e as crianças aguardam ansiosamente a idade mínima, ... E novamente nos encontramos em um novo engodo, pois continuamos votando nos representantes das classes dominantes, sem chances de indicação de opções viáveis. Por vezes nos deparamos com a população indignada e apenas fica alternando entre dois ou três grupos, mas sempre perpetuando os domínios. Em suma, somos obrigados a votar em um deles.
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Outra situação que representa o ciclo e retorno a mesmice nos remete ao uso de equipamentos. Quem ainda não viu a forma antiga de comunicação com uso de radio amador? Câmbio... Hoje nos deparamos com o uso do radio amador no programa de comunicação "instantânea", whatsapp por exemplo. As pessoas gravam comunicações, passam o audio para o outro e aguardam a interatividade que pode ser instantânea ou após um tempo considerável até que a disponibilidade de tempo ou de sinal do recurso permita. Só não dizem "CÂMBIO".
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Contudo, voltando a charge inicial, o problema não é apenas a manutenção das ideias e sim a regressão. As propostas mais recentes me pareceram ser sempre menos favoráveis, tirando o pelourinho..., a situação, quando não reproduz a mesma ideia, regridem.
"...Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou..."
Estamos indo de volta pra casa
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