sábado, 24 de março de 2018

OBMEP 2018


A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática – SBM, e promovida com recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC.


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Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos na área, a OBMEP tem como objetivos principais:


- Estimular e promover o estudo da Matemática;
- Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade;
- Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas;
- Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo para a sua valorização profissional;
- Contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas;
- Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.

O público-alvo da OBMEP é composto de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até último ano do Ensino Médio. Em 2017, mais de 18 milhões de alunos de participaram da olimpíada.


Sou o professor Jeofton Meira Trindade, graduado em matematica desde 1998, portanto, para quem leu ate aqui, percebeu, logicamente, que nao tive oportunidade de participar destas olimpiadas, uma insatisfacao possivelmente compartilhada com muitos outros colegas que atuam na area por afinidade ou que despertaram interesse, se identificaram com a mesma e concluiram seus estudos do ensino basico ate 2005.

Os gastos com a OBMEP são suportados com recursos da parceria MEC e MCTIC. São gastos razoáveis destinados a impressão de materiais(provas e orientações da primeira e segunda fase e divulgação), logística, premiação, manutenção de bolsas de auxilio a estudantes premiados conforme regulamentos, etc. 

Na indisposição de um dos parceiros, a edição da OBMEP estaria comprometida, secionando trabalhos desenvolvidos em muitas escolas que visam a participação efetiva dos seus alunos. Toda esta dedicação, motivada pela participação na OBMEP é demonstrada, não só na conquista de medalhas ou menções da OBMEP, mas, sobretudo no seu crescimento intelectual revelado no sucesso acadêmico e profissional dos alunos. Isto pode ser comprovado analisando os desempenhos de nossos efetivos candidatos, aqueles que se manifestam comprometidos com o desafio.

Cito portanto, casos de alunos que não alcançaram medalhas em suas participações, mas que atingiram 910 pontos na área de matemática, o que foi decisivo para sua classificação no curso pretendido e com autonomia para manter-se na universidade de seu interesse e casos de alunos que foram premiados e que não seria nenhuma surpresa a conquista do ingresso no curso de seu sonho e a garantia de uma vida social e profissional mais confortável e honesta.

Aqueles que não apresentam algum potencial competitivo, isto e muito relativo, mas que estão comprometidos com a leitura e concomitante participação, podem usufruir das qualidades das questões recheadas de informações enriquecedoras ao intelecto cognitivo, promovendo o raciocínio logico e exigindo aplicações e/ou desenvolvimento de seus potenciais com enfase à criatividade.

Aqueles que leram ate aqui, meus agradecimentos e que esta leitura sirva de motivação e justificativa da importância em oferecer esta oportunidade estendida indistintamente a todos os alunos. Quiçá pudessem se comprometer e aproveitar de todo desenvolvimento que uma participação oferece.

Desejo especialmente, neste momento decisivo de inscrição, atingir os nossos parceiros prefeitos, secretários de educação, gestores, coordenadores e professores dos municípios de: Alto Alegre do Pindaré, Bela Vista do Maranhão, Bom Jardim, Igarapé do Meio, Monção, Pindaré Mirim, Pio XII, Santa Inês, Santa Luzia, São João do Caru, Satubinha e Tufilândia. Municípios jurisdicionados a Unidade Regional de Educação - URE Santa Inês.

A inscrição encerra dia 02 de abril de 2018, mas não dispomos de tanto tempo por conta da semana santa neste intervalo. Por isso, a agilidade àqueles que ainda não se manifestaram seria imprescindível.

Jeofton Meira Trindade - coordenador regional da OBMEP, articulador do Plano Estadual de Educacao - PEE, Alimentação Escolar das escolas publicas estaduais, multiplicador do Núcleo de Tecnologias Educacionais - NTE Santa Inês e professor voluntario no CEI Poeta Antonio Jose, da URE Santa Inês.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Quebradeira de coco

Quebradeira de coco solteira, que cedo levanta, passa o café no velho bule, no fogareiro de barro, utilizando o carvão feito da casca do coco babaçu. Pega um pano, faz dele uma rodilha, uma proteção para a cabeça, pega sua "manchada", sua "mancepa" e uma lata de meio quilo, este último era pra medir a quantia de amêndoa de coco, colocava-os dentro do cofo e depois sobre sua cabeça, enrolava o vestido para ficar mais curto e colocava a mão na cintura para servir de contra-peso.E segue para o mato para juntar coco. Junta um, dois, um aqui outro acolá, enche o cofo até transbordar, procura um local e os despeja, ficando um sobre o outro formando uma ruma. Ao terminar de juntar o coco, ela pega um tronco forte cortado ou raiz de mangueira ou de cajueiro, prega a "manchada" sobre o tronco com auxílio da "mancepa", espécie de martelo de madeira, e assenta sobre o chão. E começa a quebrar, em suas mancepadas, inicia uma de suas cantorias para ver o tempo passar ligeiro. Como passa-tempo aquelas cantigas de caixa eram as que se sobressaiam e lhe davam companhia naquele dia. Colocava as amêndoas dentro do cofo e as cascas do lado, estas iriam mais tarde para a caeira, um buraco feito para queimar as cascas transformando-as em carvão, que mais tarde também serveria tanto para usar no preparo da alimentação, quanto para vender. A quebradeira já de costas doídas daquele dia inteiro de batalho, chega em casa com seu cofo de amêndoas. Uma parte para venda, outra para alimentação das criações e para a fabricação do azeite. Ela separa as da venda, soca no pilão as amêndoas que irá utilizar em casa, uma parte do bagaço serve de alimento para as galinhas caipiras, a outra vai para o caldeirão, que logo transformará em azeite. O leite de coco para engrossar o caldo do peixe consertado em tic tic e também para ajudar na fabricação dos deliciosos bolos de tapioca. Das cascas ela retira o fubá para fazer mingau para as crianças menores da casa. E coloca na caeira o restante, ascende a caeira, cobre com as pindobas, palhas verdes de babaçu, e bastante terra, para abafar. E aguarda que o fogo faz sua parte. No fim do dia ela retorna para tirar o carvão. Leva para casa os cofos fardos, e a casa enche de alegria. Prepara o mingau para os menores dormirem. E na ceia da noite prepara a mesa com aquele peixinho gostoso da água doce, e de sobremesa aquele café cheiroso, torrado com erva-doce, com o delicioso bolo de tapioca, digno de uma mulher guerreira. E assim é a história que se inicia dia após dia.

Texto: Diêgo Nunes Boaes

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