segunda-feira, 6 de março de 2017

Evolução do direito ao voto - 2



Fonte da imagem: http://www.copopular.com.br/politica/id-141550/_a_reeleicao_promove_a_corrupcao_e_traz_abusos_de_poder_politico_e_economico___avaliam_especialistas

A evolução do voto, estendendo o universo de eleitores ao longo do tempo, revela uma tentativa eficaz quando produz, a cada progressiva mudança, a falsa sensação de valorização do povo. A história mostra que isto ocorreu de forma progressiva, parcelada, incluindo cada vez mais uma nova classe de eleitores, como uma tentativa de conter os ânimos, reduzindo numericamente as pressões e deixando sempre uma parte do público desassistida, enfraquecida, para as eventuais e estratégicas ações futuras. Isso produzia um efeito temporário de contentamento de curto prazo ou até que a classe desfavorecida se apropriasse do novo contexto de falsas impressões e consequente realimentação do desconforto. Salientamos que as manobras eleitoreiras não se resumem a estas meras explicações das quais destacamos também as conveniências da inclusão ou exclusão desta ou daquela classe mais vulnerável, agindo favorável ao grupo dominante em cada época.

Não é ampliar ou reduzir o universo de eleitores que resolve a situação, embora seja importante envolver o povo, sem discriminação. É sobretudo, de opção que o povo precisa, de ter candidatos responsáveis, compromissados e competentes, e não é isto que temos visto. Dessa forma, não podemos justificar as péssimas escolhas responsabilizando o povo por não saber votar, mas por não ter opções e o que vivenciamos seja sempre a demonstração do descaso, do descompromisso com o povo e suas necessidades assistenciais, até mesmo as mais básicas como a saúde são relegadas ao descaso.

Devemos questionar sim, as atuações do povo na escolha dos futuros candidatos, investigando a sua carreira social, o comportamento altruísta, suas competências pertinentes a gestão e seus histórico criminal. Devemos cobrar a atuação dos órgãos competentes colaborando imparcialmente com a pré candidatura excluindo aqueles com um histórico criminal comprometedor, etc. Devemos exigir urgentemente, uma reforma eleitoral efetiva e isenta de manobras persuasivas, permitindo ao povo a pré escolha, ou indicação, dos candidatos e dessa forma poder contar com REAIS opções de voto, paradoxalmente, contrariando a nossa situação atual de ausência de opção e onde surpreendentemente boa parte vota no menos pior, superando na maioria da vezes, os votos egocêntricos e interesseiros, e inevitavelmente sofrendo os males das escolhas em sua falta de opção.

O mundo está mais acelerado e, indiferentemente, as consequências das péssimas atuações dos gestores produzem efeitos mais imediatos, principalmente, quando posterior aos sucessivos e incompetentes paliativos dos gestores antecessores, ou do atual gestor que perdura por eternos 4 anos de mandato. Eternos porque a vida está mais acelerada e produz efeitos mais rápidos. Evidentemente, os efeitos drásticos são mais doloridos e enfáticos.

Embora a insatisfação seja mais nítida nos últimos tempos, pois temos vivenciado ações jurídicas impeditivas com mais frequência, convenientemente demoradas, no máximo oscilamos entre o ruim e o pior. Muitas vezes, ações jurídicas de efeito temporário em que o desconforto da instabilidade é reveladora de negligência e compartilhada com o povo.

Esta é uma campanha educativa e não isenta o povo de seus compromissos com a melhor decisão entre alguns, futuros, bons candidatos e por sorte aqueles eleitores mais sensatos ainda constituem a maioria em um mundo onde a banalização dos comportamentos indesejados são evidenciadas na mídia e superiormente mais atraentes aos espectadores em detrimento dos exemplos de competência, solidariedade e cidadania.

Um gestor competente transmite segurança pela confiança creditada às sua habilidades reconhecidas ou conquistadas com a eficiência de suas ações.

A nítida superioridade dos bons administradores em detrimento das incompetências e as deficiências se revelam instantaneamente ou em prazos muito curtos.


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